Albardeiro
Aos 12 anos de idade Carlos Almeida teve que optar por uma arte. Estávamos no início dos anos 70 e em Torre de D. Chama havia 6 albardeiros. Foi com um deles que aprendeu a cortar e cozer o cabedal, a dar-lhe a forma que o mercado solicitava: albardas, celas, cabeçadas, colares, molidas… o que os animais pediam na lide diária.
Com a mecanização o número de animais usados nos trabalhos baixou drasticamente, tal como a procura dos produtos de um albardeiro. Mas Carlos Almeida resistiu e das suas mãos continuam a nascer celas e albardas, peças distintas que transportam a precisão do corte.
Hoje é o último Albardeiro em Torre de D Chama, e em toda a região. Por isso, diz, os seus trabalhos também têm procura e vão para todo o país, até ao algarve.
Estar com ele, ouvi-lo a contar a sua experiência, ver a maestria com que as suas mãos lidam a meia lua ou a sovela, aprender com ele, é um privilégio e é possível, com as experiências da Rota Saber Fazer.